Primeira Pessoa (Artane Inarde)
Sim, é verdade…
Eu escrevo na primeira pessoa
Minhas poesias
São íntimas, nuas, viscerais!
Sim, é verdade…
Minhas palavras são
Tão impregnadas de mim,
Um tanto autopoéticas
Mas elas não seriam o que são
Não fossem assim, tão minhas
Senão fruto do meu coração
E da minha imaginação
Sim, é verdade…
Eu escrevo, tu criticas,
Ele lê, e assim, talvez…
Nós ficaremos inspirados,
Quem sabe?!
Sim, é verdade…
Minhas palavras são as estrelas
De um céu azul e profundo
Do meu mundo inventado
Se assim não fosse
Elas não seriam verdadeiras
Elas seriam terceiras
Estranhas, desconhecidas
Se falassem de algo distante…
Elas não teriam sentimento
Secariam, sem emoção
Como folhas ao vento e,
Não seriam mágicas então
Se falassem de algo longe
Assim, na terceira pessoa…
Sim, é verdade…
Eu escrevo na primeira pessoa
Sem medo de desagradar,
De ser um patinho na lagoa
Mas eu quero mesmo é tocar…
Você aí, na segunda pessoa!